Meirelles diz que deve terminar mandato com Lula

Em discurso num evento em São Paulo ontem à noite, o presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles, afirmou que espera terminar o mandato na instituição junto com o presidente Luiz Inácio Lula da…

Em discurso num evento em São Paulo ontem à noite, o presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles, afirmou que espera terminar o mandato na instituição junto com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Com isso, dá forte sinal de que não vai integrar o próximo governo.

Meirelles vai conversar nesta semana com a presidente eleita, Dilma Rousseff, que já convidou o ministro da Fazenda, Guido Mantega, a permanecer no cargo. O anúncio oficial deve ser feito por Dilma em conjunto com todos os nomes da equipe econômica.

Dilma sinalizou também que pretende centralizar a política monetária no Palácio do Planalto, reduzindo a autonomia do Banco Central para decidir sobre juros. Além disso, a presidente eleita teria ficado irritada com a informação de que Meirelles só aceitaria ficar se fosse mantida a autonomia. – Alguns me perguntam o que o senhor espera para o futuro, o que o senhor espera para a vida pública. Eu espero terminar de fato esse mandato juntamente com o presidente Lula, concluindo esse tipo de trabalho de responsabilidade do Banco Central do Brasil que é zelar pela estabilidade macroeconômica do país e, portanto, prover as condições básicas para o crescimento sustentado – afirmou Meirelles, quase ao final de seu discurso, durante o evento Prêmio Qualidade 2010 no prédio da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

Ao ser questionado depois se o discurso tinha um tom de despedida do governo, Meirelles sorriu e respondeu: – Foi de celebração. O dirigente do BC ainda detalhou diversos números que mostram a evolução macroeconômica brasileira desde 2003 até o momento e a estabilidade dos fundamentos com previsibilidade da condução da política econômica.

Dirigente faz balanço e fala de “momento de gratificação”

Meirelles afirmou que a conjuntura atual representa “um momento de gratificação”, pois o país deve registrar um dos maiores índices de crescimento no mundo, de 7,3% em 2010, como estima o Banco Central, com inflação dentro da meta, forte criação de empregos e substancial aumento da renda das famílias. E ressaltou que o desemprego no Brasil, que está em 6,2%, deve ser a menor marca de todos os países que integram o G-20, o grupo das 20 maiores economias no mundo.

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