Brasil terá R$ 3 bilhões investidos em novos shoppings

O Brasil receberá o investimento de R$ 3 bilhões em 2015 em cerca de 25 novos shoppings. A afirmação é do presidente da Associação de Lojistas de Shopping do Brasil (Alshop), Nabil Sahyoun. Ele está em…

O Brasil receberá o investimento de R$ 3 bilhões em 2015 em cerca de 25 novos shoppings. A afirmação é do presidente da Associação de Lojistas de Shopping do Brasil (Alshop), Nabil Sahyoun. Ele está em Fortaleza para o Congresso Internacional do Varejo (Brasilshop), que acontece hoje no hotel Gran Marquise.

Para Sahyoun, o cenário do setor é de otimismo em médio prazo, já que a economia nacional estagnada está sendo refletida nos shoppings, que não crescem na medida que poderiam.

Mas, conforme defende ele, um segmento com 886 shoppings ativos, mais 153 em construção, 1,5 milhão de empregos diretos sendo gerados e possibilitando o consumo de 470 milhões de pessoas por mês ainda é um negócio com baixa margem para dar errado. O que mais ele tem a dizer? Confira.

O POVO – A que se deve esse alto crescimento recente de shoppings no Brasil?

Nabil Sahyoun – Cada prefeito de um município do interior está perdendo receita para o município vizinho que tem shopping. Por isso, todo município de mais de 80 mil habitantes está fazendo parcerias para ter shoppings. Como as capitais estão um pouco saturadas, está havendo uma interiorização da indústria do shopping center. Esse boom se deve também ao fortalecimento do consumo interno do País.

O POVO – Quem é então esse novo consumidor de shopping?

Sahyoun – São aqueles consumidores de classe A, B e C, mas também das classes E e D, que estavam fora do mercado.

O POVO – É sustentável o nascimento de tantos shoppings?

Sahyoun – Não existe lojista para tanto shopping center. São 129 mil pontos de vendas hoje no Brasil. E você tem que colocar 25 mil novos lojistas todo ano no mercado, em função da rotatividade, em função da expansão dos novos empreendimentos. Mas o Brasil é um país extraordinário. Daqui a pouco, teremos uma retomada da economia e os shoppings voltam a ter o movimento que a gente gostaria.

O POVO – 2014 foi mesmo um ano com o cenário tão ruim quanto se pintou?

Sahyoun – Ajustes importantes têm que ser feitos. Os juros estão altos. A inflação está perdendo o controle. Os impostos crescem. A nossa indústria está caótica. Tivemos a trombada da Copa do Mundo. Trouxe estagnação no primeiro semestre. Agora, essa loucura das eleições. A bolsa oscilando para cima e para baixo. É um ano atípico e negativo.

O POVO – O que diferencia uma loja que dá certo e a loja que não dá certo em shoppings?

Sahyoun – Quando concorria brasileiro com brasileiro, era uma coisa. Hoje, você concorre com empresa norte-americana, asiáticas, da Europa. Mas se você tem uma boa marca, uma equipe comprometida e um bom produto, você vai sobrevivendo na crise, sua marca vai ser desejada.

O POVO – Qual o índice de morte de lojas em shoppings?

Sahyoun – Estão com rotatividade de 10%. Isso cresceu nos últimos dois anos, em função da economia que não está indo bem.

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