Classe B voltará a ter mais de 50% do consumo em 2014
O mercado consumidor será marcado pela retomada da classe B neste ano. O estudo desenvolvido pela consultoria IPC Marketing mostra que essa parcela da população — equivalente a 35,4% do total de domicÃlios…
O mercado consumidor será marcado pela retomada da classe B neste ano. O estudo desenvolvido pela consultoria IPC Marketing mostra que essa parcela da população — equivalente a 35,4% do total de domicÃlios urbanos do PaÃs — vai responder por 50,84% (aproximadamente 1,55 trilhão de reais) do potencial de consumo no Brasil.
Os números, se confirmados, vão mostrar uma recuperação da classe B. Em 2013, esse extrato da população tinha diminuÃdo em relação a 2012 — uma queda de 50,02% para 48,52%.
A classe A também deve aumentar a fatia no consumo: a participação subirá de 19,26% no ano passado para 19,52%. “A força do novo consumo está nas classes A e B. A classe emergente ainda tem a maior quantidade de domicÃlios, mas ela perde força”, diz Marcos Pazzini, diretor do IPC Marketing. Pelo levantamento, a classe C deve responder por 26% do potencial de consumo, nÃvel mais baixo desde 2005.
A expectativa da consultoria é que o consumo das famÃlias continue a crescer de 1,8% a 2% neste ano, acima do Produto Interno Bruto (PIB).
Um dos principais fatores que impulsiona a mobilidade social é a criação de emprego formal, segundo o presidente do Instituto Data Popular, Renato Meirelles. No mês passado, a desocupação medida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e EstatÃstica (IBGE) ficou em 5% nas seis regiões metropolitanas pesquisadas (Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre). O resultado foi o mais baixo para meses de março desde 2002, quando tem inÃcio a série histórica. “A economia pode não estar tão boa, o consumo das famÃlias está crescendo menos, mas o emprego e a geração de renda proveniente dele continuam fortes.”
Gasto — O estudo da IPC Marketing também identificou como o brasileiro vai gastar o dinheiro este ano. A maior parte — 770,57 bilhões de reais — vai para a manutenção do lar. Nesse item, estão incluÃdas despesas como aluguel, conta de luz, água e telefone. “É uma realidade do brasileiro esse elevado custo da moradia”, diz Pazzini.
O segundo maior gasto do ano será com outras despesas (659,56 bilhões reais). Nesse item, o peso maior é com dÃvidas. “Boa parte da melhoria dessa ascensão é por causa da aquisição de bens de consumo. Normalmente, eles não são comprados à vista, mas no crédito. O crescimento desse item tem a ver com o aumento dessas compras feitas a prazo”, afirma o diretor do IPC Marketing.
Na sequência, aparecem alimentação no domicÃlio (314,01 bilhões de reais) e alimentação fora do domicÃlio (156,57 bilhões de reais). “Quanto maior o peso dessas despesas básicas, pior. Acaba sobrando menos dinheiro para itens que não são de primeira necessidade,”, afirma Pazzini.